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Porto Alegre+ reúne lideranças empresariais e do poder público em café da manhã com o diretor-presidente da CEEE Equatorial

O encontro teve como objetivo estimular o diálogo entre lideranças do movimento Porto Alegre+, Prefeitura de Porto Alegre, DMAE e CEEE Equatorial a fim de propor soluções para minimizar impactos como os gerados após o temporal do dia 16/1.


O Porto Alegre+ (@portoalegre_mais) realizou, na manhã de quarta-feira (07/02), uma reunião entre representantes das entidades do movimento com o diretor-presidente da CEEE Equatorial, Riberto Jose Barbanera, o presidente em exercício do DMAE, Darcy Nunes dos Santos, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, e o vice-prefeito, Ricardo Gomes. O encontro aconteceu no Instituto Caldeira e teve como objetivo propor uma reflexão a fim de sugerir melhorias para minimizar os efeitos do último temporal, que deixou milhares de clientes sem água e energia elétrica, e aprimorar o processo de prestação de serviços para a população.

 

O diretor executivo do Instituto Caldeira, Pedro Valério, abriu a reunião e colocou o espaço à disposição para pautas que possam colaborar com o desenvolvimento da cidade. “Trabalhamos com inovação e por isso, hoje, o Instituto Caldeira abre o seu espaço para a construção de um ambiente favorável ao diálogo”. Um dos porta-vozes do Porto Alegre+ e presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, ressaltou que o movimento segue apoiando a privatização e reconhece a importância do encontro com o fim de unir forças em pautas propositivas. “Somos defensores do estado mínimo, mas também dos direitos básicos do cidadão, entendemos que a Equatorial é uma iniciativa privada que presta um serviço público e precisou passar por uma reformulação de equipes e processos desde que assumiu a gestão”, afirma.

 

Também presente no evento, o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Rio Grande do Sul (IBEF/RS), Eduardo Estima, colocou o movimento à disposição da CEEE Equatorial para a busca por soluções. “Estamos abertos à sugestões para que situações como a da falta de energia elétrica, causada após o último forte temporal, não voltem a acontecer na mesma proporção”, disse Estima.

 

Segundo o diretor-presidente da CEEE Equatorial, Riberto Barbanera, existem inúmeras melhorias a serem feitas dentro da antiga estatal e que ainda estão previstas para os próximos investimentos. “Estamos atrasados ao menos 25 anos em relação ao setor elétrico. Adquirimos a CEEE há dois anos com total conhecimento dos desafios e já investimos 1,7 bilhão em ativos para recuperar os anos de degradação”, explicou Barbanera. Questionado sobre a falta de comunicação com o público e a falta de diálogo, o presidente afirmou que não houve descaso, mas assumiu os problemas de comunicação e destacou que já estão sendo tomadas providências. Segundo ele, não existe “briga, nem desavença entre CEEE e Prefeitura”. “Temos que pensar juntos em soluções para estes casos”, completa.

 

O prefeito Sebastião Melo falou sobre as diferenças que existem em termos de mercado no Rio Grande do Sul e salientou que talvez a empresa Equatorial não tenha entendido o perfil dos gaúchos. “É preciso que haja uma ação de governança verdadeira. Melhorar as redes que atendem o abastecimento de água, enterrar os fios e definir o que é da prefeitura e o que é da CEEE. A finalidade é uma conversa franca e aberta pois estamos todos do mesmo lado”, explicou o prefeito.

 

De acordo com o vice-prefeito, Ricardo Gomes, também é preciso desmistificar a questão das podas, pois elas evitam que um galho encoste em um fio elétrico, mas não que uma árvore seja arrancada pela raiz como aconteceu no último temporal. “Já estivemos com 27 mil solicitações de podas atrasadas, hoje, trabalhamos com cerca de 6 mil, contudo, cabe aos técnicos da prefeitura a avaliação se ela pode ou não ser retirada. A questão das podas custam 21 milhões de reais por ano aos cofres públicos.”, informa Gomes. O vice-prefeito atentou também para o crescimento desordenado da ocupação urbana e às áreas irregulares prejudiciais ao abastecimento de energia. “O Brasil, no geral, perdeu o controle do território, o que causou grandes prejuízos na infraestrutura”.

 

Segundo o presidente em exercício do DMAE, Darcy Nunes dos Santos, a energia é o principal insumo de trabalho, com as falhas no abastecimento, muitas regiões ficaram afetadas também pela falta de água. “A água só sobe o morro com energia através das bombas, sem energia não existe abastecimento de água”, completa. Durante o encontro, Melo relatou sobre a criação de uma PPP (parceria público-privada) para enterrar os cabos de energia, reconhecendo que o poder público municipal não consegue sustentar a iniciativa sozinho.

 

Após a fala das lideranças presentes na reunião, foi aberto espaço para perguntas, quando os integrantes das entidades questionaram as medidas a serem tomadas pela CEEE Equatorial de forma a minimizar os prejuízos causados e melhorar a comunicação com os clientes. Segundo Barbanera, todos os empreendedores e cidadãos que se sentiram lesados pela falha no abastecimento de energia devem procurar a CEEE Equatorial. “Criamos um núcleo que está especializado em atender o público, quem acredita ter tido algum prejuízo em função da falta de luz deve procurar a Equatorial e registrar uma reclamação para que, após uma avaliação interna, possamos ressarcir os clientes” - orientou o diretor-presidente.

 

Como um movimento que atua por uma cidade melhor, o Porto Alegre+ pretende contribuir para a definição de novos investimentos e estimular o diálogo eficaz com a sociedade, para oferecer um trabalho mais adequado, com mais infraestrutura e soluções ágeis. Com o objetivo de fortalecer as ações previstas e mitigar situações de crise, foi sugerida a criação de um “Comitê de Catástrofes”, incluindo agentes estratégicos como a Defesa Civil Municipal, Estadual, companhia de água, companhia de energia, bombeiros, Brigada Militar e Guarda Municipal. A criação do comitê prevê a sintonia entre os participantes bem como o mapeamento de cenários e possíveis soluções.

 

 

Sobre o Porto Alegre+

O movimento Porto Alegre+, da qual a AGM faz parte, é uma ação conjunta de mobilização e conscientização para que Porto Alegre proporcione mais qualidade de vida à população e desenvolvimento sustentável. São mais de 50 entidades representativas do comércio e varejo, indústria, serviços, educação, turismo, urbanismo, saúde, empreendedorismo e inovação unidas em prol de causas comuns para o desenvolvimento e crescimento econômico, social e ambiental da capital gaúcha, com equilíbrio, liberdade e responsabilidade.




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